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Jornal Rede Metrópole Litoral: 25/04/2025

Fotos: Reprodução Internet

 

UMA ONÇA CAPTURADA NAS PROXIMIDADES ONDE CASEIRO FOI ATACADO, ESTAVA 30KG ABAIXO DO PESO IDEAL.



 
   

 
 

    

     Uma onça-pintada foi capturada na madrugada desta quinta-feira (24/04) após atacar e matar Jorge Avalo, um caseiro de 60 anos, às margens do rio Miranda, em Aquidauana, no Pantanal. O felino, um macho, apresenta peso significativamente abaixo do ideal, com 94 kg, enquanto o esperado seria ao menos 120 kg.

     A operação de captura, conduzida pela Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul, resultou na transferência do animal para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, onde será submetido a uma avaliação de saúde completa.

     Gediendson Araújo, professor e pesquisador especialista em animais de grande porte, explicou que o objetivo é identificar doenças que possam justificar a magreza atípica do felino. "Como é um caso muito atípico, a partir da avaliação clínica e de sanidade, vamos ver qual doença que ele tem, porque não é normal o animal desse porte estar tão magro, e assim poderemos tentar relacionar ao caso", afirmou Araújo.

     Araújo também abordou a perda de medo do animal em relação aos humanos, um fator que contribuiu para o incidente. "O animal perdeu o medo de ver o homem como um predador, e acabou tendo essa situação com esse desfecho. Então a coisa é incomum de acontecer, são poucos os relatos, e é uma pena que teve uma perda humana", lamentou.

     O biólogo Thiago Leite, diz que o caseiro foi vítima de ataque predatório. Segundo Tiago Leite, que é coordenador técnico do Instituto Profauna e biólogo especialista em Ecologia e Monitoramento Ambiental, incluindo de felinos, já existe um consenso entre pesquisadores que acompanham o caso de que corpo da vítima serviu de alimento ao animal. "A onça capturada estava bem magra, o que, potencialmente, pode ter contribuído com o ataque. Um animal magro pode já ser mais idoso ou que está passando por algum tipo de problema e, portanto, poderia estar tendo dificuldade de capturar suas presas habituais no ambiente natural. Isso pode tê-lo levado a buscar fontes de recurso mais fácil, como uma presa humana. Mas isso são só hipóteses, não é possível ter certezas neste momento", afirma Tiago.

     A Polícia Militar Ambiental alertou sobre práticas ilegais de ceva, que consistem em alimentar animais para facilitar sua visualização, alterando seu comportamento natural e associando humanos a comida, o que aumenta o risco de ataques. Um vídeo do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), publicado em julho de 2020, já alertava sobre os perigos dessa prática na região do ataque.

     Jorge Avalo, caseiro do pesqueiro Barra do Touro Morto, localizado no Pantanal, foi vítima de um ataque fatal por uma onça-pintada. O incidente foi divulgado na terça-feira (22/04), após a descoberta dos restos mortais de Avalo.

     A busca pelo caseiro começou na segunda-feira (21/04), quando visitantes notaram sinais de sangue e pegadas de animal nas proximidades do local de trabalho da vítima. Avalo foi encontrado a cerca de 300 metros de distância do pesqueiro, em uma área de mata fechada, com sinais que indicavam que ele teria sido arrastado.

     Uma semana antes do ataque, um vídeo mostrou Avalo apontando para pegadas de duas onças perto de sua residência. Ele mencionou uma possível disputa entre os animais. As marcas no solo indicavam a presença freqüente desses predadores na região.

     Especialistas em fauna selvagem comentaram sobre o comportamento da onça-pintada. Gustavo Figueirôa, diretor do SOS Pantanal, afirmou que este felino é reservado e normalmente evita contato com humanos. "É um felino reservado, que evita o contato com as pessoas e não apresenta ameaça direta quando não há uma provocação ou interferência humana".

     Luiz Pires, zootecnista, destacou que a destruição dos habitats naturais dos animais reduz a disponibilidade de alimento, forçando-os a se aproximar de áreas habitadas em busca de presas. "Infelizmente, muitos empreendimentos são erroneamente construídos nas áreas de preservação ambiental, locais de passagem constante desses animais em busca de suas presas", diz. "Assim, acidentes que antes eram raríssimos só aumentam, uma vez que o homem antes era temido e agora passa a fazer parte da paisagem natural desses animais".


 

Fonte: Jornal O Tempo

    

 

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