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O grupo terrorista Hamas afirmou nesta
sexta-feira (3) que concorda em liberar todos os reféns israelenses,
vivos ou mortos, sob os termos da proposta de cessar-fogo apresentada
pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Grupo demonstrou
disposição para negociar proposta da Casa Branca e disse aceitar
entregar governo de Gaza. Trump ameaçou terroristas com 'inferno total'
caso acordo não seja fechado.
O
grupo terrorista afirmou que concorda em liberar todos os reféns
israelenses, vivos ou mortos, sob os termos da proposta de cessar-fogo
apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após, em
uma rede social, o presidente americano dizer que o grupo teria até
domingo (5) para aceitar a proposta, sob pena de enfrentar um
“inferno total”.
Em comunicado, o Hamas sinalizou
disposição para entrar imediatamente em negociações para discutir os
detalhes do acordo. Isso não significa, porém, que o grupo tenha
aceitado integralmente o plano da Casa Branca. O plano apresentado pelos
Estados Unidos prevê que o Hamas não participe de um novo governo na
Faixa de Gaza - Ainda segundo a proposta, todos os membros do grupo
terrorista poderão ser anistiados, desde que entreguem as armas e
aceitem conviver de forma pacífica com Israel.
O
Hamas ainda mantém mais de 40 reféns seqüestrados no dia 7 de outubro de
2023, durante o atentado terrorista contra Israel que resultou no início
da guerra. Parte das vítimas está morta. O grupo informou que aceita
entregar o governo da Faixa de Gaza a um órgão independente formado por
tecnocratas palestinos, “com
base no consenso nacional palestino e no apoio árabe e islâmico. Quanto
às demais questões apresentadas na proposta do presidente Trump que
dizem respeito ao futuro da Faixa de Gaza e aos direitos legítimos do
povo palestino, isso está vinculado a uma posição nacional unificada e
fundamentada nas leis e resoluções internacionais pertinentes, a ser
discutida em um quadro nacional palestino amplo, do qual o Hamas fará
parte e contribuirá com plena responsabilidade",
diz o texto. O Hamas afirmou ainda que valoriza os esforços de países
árabes e islâmicos, além do presidente Trump, para pôr fim à guerra na
Faixa de Gaza.
Trump usou as redes sociais para comentar as declarações do Hamas. Ele
disse acreditar que o grupo terrorista está pronto para a paz e pediu
para que Israel pare
"imediatamente"
os bombardeios em Gaza.
"Já estamos em discussões
sobre os detalhes a serem definidos. Isso não se trata apenas de Gaza,
trata-se de uma paz há muito buscada no Oriente Médio",
publicou.
Na
segunda-feira (29), a Casa Branca apresentou um plano com 20 pontos para
encerrar a guerra na Faixa de Gaza imediatamente. A proposta prevê o
território como uma zona livre de grupos armados. Integrantes do Hamas
podem receber anistia, desde que entreguem suas armas e se comprometam
com a convivência pacífica.
Se o
plano for implementado, Gaza passaria a ser governada por um comitê
formado por palestinos tecnocratas e especialistas internacionais. O
grupo atuaria sob supervisão de um novo órgão chamado
"Conselho da Paz",
que seria presidido por Trump. Não está claro se Israel participaria do
órgão.
Segundo a Casa Branca, o Hamas tem 72 horas
para libertar todos os reféns mantidos desde o início da guerra, em 7 de
outubro de 2023. A proposta também prevê que Israel libere quase 2 mil
prisioneiros palestinos. Além disso, a ONU e o Crescente Vermelho seriam
responsáveis pela distribuição de ajuda na Faixa de Gaza. O plano é vago
sobre a criação do Estado da Palestina, mas indica um caminho que pode
levar a esse reconhecimento no futuro.
Membros da comunidade internacional receberam a proposta de forma
positiva. Por outro lado, moradores de Gaza disseram estar sem
esperanças e temem uma piora no conflito. O primeiro-ministro de Israel,
Benjamin Netanyahu, afirmou que concorda com o plano e anunciou que
avançará na ofensiva em Gaza caso o acordo não seja fechado. Por outro
lado, ele disse que não aceitaria a criação de um Estado palestino.
A
proposta dos Estados Unidos foi bem recebida pela comunidade
internacional, sendo elogiada por países da Europa e até mesmo pela
Autoridade Palestina. O Brasil também disse que apoiava a iniciativa.
Trump tinha dado até as 19h de domingo,
no horário de Brasília, para o Hamas aceitar o plano de paz para a Faixa
de Gaza elaborado pelos Estados Unidos. Caso contrário, segundo ele, o
grupo enfrentaria um “inferno
total”.
Em um post na rede Truth Social, o presidente
americano afirmou que a maioria dos militantes do grupo terrorista
palestino, que descreveu como uma
“ameaça implacável e violenta”, está
“cercada e presa”, e que mais de 25 mil já
foram mortos. Trump disse que o plano de paz para encerrar o conflito em
Gaza é a última chance de os integrantes sobreviventes do Hamas terem
suas vidas poupadas. “Teremos
paz no Oriente Médio de uma forma ou de outra. A violência e o
derramamento de sangue cessarão. Libertem os reféns, todos eles —
incluindo os corpos daqueles que estão mortos —, agora! Um acordo deve
ser firmado com o Hamas até domingo à noite. Todos os países assinaram.
Se este acordo, uma última chance, não for firmado, um inferno como
ninguém jamais viu antes se abaterá sobre o Hamas”,
prometeu o presidente, usando uma expressão que também pode ser
traduzida como “ofensiva
devastadora” ou
“caos absoluto”.
Trump também pediu aos
“palestinos inocentes” que evacuem uma área
não especificada, em antecipação a um possível ataque às forças
remanescentes do Hamas.
Fonte: G1/ Brasil Paralelo
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