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Jornal Rede Metrópole Litoral: 05/05/2025

Fotos: City +

 

CITY REASSUME GESTÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO EM GUARUJÁ.



 
   

 
 

    

     Após a Prefeitura de Guarujá tornar público o relatório elaborado pelo Grupo Técnico de Trabalho da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, criado em 9 de janeiro, com o objetivo de analisar o cumprimento do contrato e os repasses financeiros efetuados para a empresa City Transporte Urbano Intermodal Ltda, e após encontrar diversas inconsistências nas respostas sobre custos operacionais, passageiros transportados, folha de pagamento, média salarial, número de trabalhadores entre outras, a prefeitura decidiu intervir na empresa, fato ocorrido no dia 28/03.

     Vale ressaltar que, desde 2019, a Prefeitura de Guarujá repassou à empresa R$ 385.461.024,87, sendo que cerca de R$ 84 milhões foram repassados somente no exercício de 2024. A empresa ainda alega ter a receber, referentes a 2024, cerca de R$ 47 milhões de reais, mesmo sem ter explicado a origem da suposta dívida. “Minha missão é devolver nossa cidade para o povo do Guarujá. Essa intervenção é também um recado claro a todos que estavam acostumados com os métodos que ao longo dos anos trouxeram nossa cidade para a atual crise ética, moral e financeira em que Guarujá se encontra. Vamos resgatar o orgulho de nossa cidade”, afirmou o prefeito.

     Até o mês de janeiro de 2025, a concessionária considerou para fins de cálculos o quantitativo de passageiros transportados do ano de 2017, sem as devidas atualizações. Assim dada a ausência de informações fidedignas para quantificar de maneira justa e adequada os valores a serem repassados pela municipalidade, foram pagas notas fiscais parciais para garantir o pagamento das verbas trabalhistas.

     A City apresenta diversas informações inconsistentes ou incorretas, o que acabaram eclodindo na intervenção; entre elas: a divergência de 221 empregados a mais gerando um custo operacional excessivo, o que indica possível desperdício de recursos humanos; a concessionária alega que a folha de pagamento gira em torno de R$ 5.500.000,00 e R$ 6.000.000,00. Enquanto a média do setor é de R$ 2.700.000,00; foram informados valores divergentes de adiantamento salarial, variando entre R$ 880.000,00 e R$ 1.600.000,00, comprometendo a transparência financeira; foi constatado abastecimento de cerca de 200 veículos, acima da frota contratual de 148 veículos, indicando possível desvio de combustível; os custos mensais alegados de até R$ 16.169.064,00 superam em mais de 100% a média do mercado, demonstrando descontrole financeiro; os custos com serviços de portaria chegam a R$ 359.000,00, valor superior ao aluguel da garagem, sugerindo superfaturamento; a concessionária não fornece relatórios detalhados da bilhetagem eletrônica, comprometendo a verificação da arrecadação; a fiscalização constatou violação dos lacres das catracas, indicando risco de fraudes na bilhetagem; durante as fiscalizações, a equipe da SEMOB constatou que vários ônibus da empresa circulavam com os aparelhos de GPS sem comunicação, impossibilitando tanto o georreferenciamento dos trajetos das linhas operadas quanto a quilometragem efetivamente rodada pelos ônibus; a retirada de adesivos oficiais e a alteração da identidade visual da frota comprometem a fiscalização e podem indicar uso indevido da frota e outras.

     O Edital do processo licitatório, previa investimentos pela concessionária no valor de R$ 233.787.837,06, conforme estabelecido no item 3.1.1 do Contrato, os quais, revistos no Edital de Concorrência, não foram efetivados. Até o momento, nenhum valor foi revertido ao Fundo Municipal pela concessionária. Foram solicitadas informações sobre as receitas acessórias e contratos de publicidade, mas a concessionária apresentou apenas planilhas auto-declaradas. Há indícios de gestão inadequada, com um dirigente da concessionária figurando como sócio de uma empresa locadora. Contudo, a Prefeitura de Guarujá publicou o Decreto n.º 16.811, que revoga os atos anteriores de intervenção e devolve a gestão do serviço de transporte coletivo urbano à empresa City, com apenas alguns dias de ocorrência, enquanto era previsto um prazo inicial de 90 dias de intervenção.

     A decisão, assinada pelo prefeito Farid Said Madi, considera que os objetivos da intervenção foram alcançados, com acesso às instalações e documentação da empresa — à exceção dos dados sob sigilo judicial, vinculados ao processo n.º 1004547-08.2025.8.26.0223, que segue em trâmite na Vara da Fazenda Pública.

     A medida põe fim aos Decretos Municipais n.ºs 16.733, 16.734 e 16.735, que estabeleceram a intervenção entre os dias 28 de março e 1º de abril de 2025, após denúncias de irregularidades na concessão. Segundo o novo decreto, um processo administrativo segue em andamento (n.º 20514/2025) para apurar responsabilidades com garantia ao contraditório e à ampla defesa.

     Com a revogação, a concessionária reassume imediatamente a operação do sistema e deve cumprir todas as determinações e adequações solicitadas pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, conforme o Contrato Administrativo n.º 278/2018. O decreto entrou em vigor na data de sua publicação.


  

 

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