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Munidos de esperança e com a vontade de
reconstruir suas vidas, milhares de palestinos retornam para casa, neste
sábado (11/10). No segundo dia de cessar-fogo, famílias seguem em
direção à Cidade de Gaza pela estrada principal que vai até o território
com seus pertences. Apesar do cenário de destruição, eles saem dos
acampamentos improvisados no sul do território e mantêm a jornada para o
norte, muitos a pé.
Com o
cessar-fogo, que entrou em vigor na sexta-feira (10/10), há a esperança
de que o Hamas liberte os reféns que ainda estão em cativeiro. A
expectativa é que 20 pessoas estejam vivas. Este é o terceiro acordo de
trégua desde o início do conflito, mas diplomatas e observadores
internacionais afirmam que, desta vez, há maior chance de estabilidade
devido à mediação conjunta de Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia.
Com o
início da trégua, tropas israelenses recuaram para novas posições, agora
ocupando cerca de 53% do território de Gaza. As cidades de Khan Younis e
Gaza City, fortemente atingidas por bombardeios nos últimos meses, foram
desocupadas, enquanto Rafah permanece sob controle de Israel por abrigar
a principal rota de ajuda humanitária. O recuo das tropas israelenses
facilitou a volta das pessoas que passaram dois anos em um cerco de
bombardeios, fome e destruição. Segundo informações da Defesa Civil de
Gaza, por meio de seu porta-voz, Mahmud Bassal, somente na sexta cerca
de 200 mil palestinos se deslocaram para o norte do território.
Segundo
agências humanitárias, mais de 1 milhão de pessoas estavam deslocadas
internamente na Faixa de Gaza antes do acordo. O retorno é gradual e
ocorre com apoio limitado de organizações internacionais, já que parte
da infra-estrutura local segue inutilizada.
Fonte: metrópoles/ portalterradaluz.com.br
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