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Protestos mataram pelo menos 22 pessoas no Nepal na segunda-feira,
disseram as autoridades. Os protestos iniciaram quando o governo
bloqueou redes sociais como o Facebook Instagram e outros, alegando que
perfis falsos espalhavam FakeNews e mensagens de ódio. Alguns
manifestantes forçaram a entrada no complexo do Parlamento ao romper uma
barricada, incendiando uma ambulância e atirando objetos contra a
polícia de choque, disse uma autoridade local. “A polícia está atirando
indiscriminadamente”, disse um manifestante à agência de notícias ANI.
“(Eles) dispararam balas que não me acertaram, mas atingiram um amigo
que estava atrás de mim. Ele foi atingido na mão.”
Mais de 100 pessoas, incluindo 28 policiais,
estavam recebendo tratamento médico para ferimentos, informou u dos
policiais que presenciavam os atos. Manifestantes transportavam os
feridos para o hospital em motos. Outras duas pessoas morreram quando os
protestos na cidade de Itahari, no leste do país, se tornaram violentos,
informou a polícia.
O
primeiro-ministro K.P. Sharma Oli convocou uma reunião ministerial de
emergência para discutir os distúrbios, que eclodiram depois que
milhares de jovens, muitos deles vestindo uniformes escolares ou
universitários, foram às ruas na manhã de segunda-feira. Ekram Giri,
porta-voz do Parlamento, afirmou que alguns manifestantes entraram nas
instalações, mas não no prédio principal, e foram expulsos pela polícia.
Os
organizadores dos protestos, que se espalharam por outras cidades do
país no Himalaia, chamaram-se de “manifestações da Geração Z”. Eles
dizem que os protestos refletem a frustração generalizada dos jovens com
o governo e a raiva em relação às suas políticas. “Este é o protesto da
nova geração no Nepal”, disse outro manifestante à ANI.
Uma
decisão do governo de bloquear o acesso a várias plataformas de mídia
social, incluindo o Facebook, na semana passada, alimentou a ira entre
os jovens. Cerca de 90% dos 30 milhões de habitantes do Nepal usam a
internet. As autoridades disseram que impuseram a proibição porque as
plataformas não se registraram com as autoridades em uma repressão ao
uso indevido, incluindo contas falsas de mídia social usadas para
espalhar discursos de ódio e notícias falsas, além de cometimento de
fraudes.
A polícia recebeu ordens para usar canhões de água, cassetetes e balas
de borracha para controlar a multidão e o Exército foi enviado para a
área dos protestos para reforçar os agentes da lei, disse Muktiram Rijal,
porta-voz do escritório distrital de Katmandu, à Reuters. Ele disse
ainda, que o toque de recolher, que permanecerá em vigor até as 22h,
horário local, foi estendido à área de Singha Durbar, em Katmandu, que
inclui o gabinete do primeiro-ministro e outros prédios do governo.
Rabi Laxmi Chitrakar, esposa do ex-primeiro-ministro do Nepal Jhalanath
Khanal, também morreu na terça-feira (9), após ter a casa incendiada por
manifestantes, durante protestos no país. A mulher estava em casa, no
bairro de Dallu, na capital de Katmandu, quando o local foi incendiado.
A informação é do jornal Khabar Hub e foi atribuída a familiares do
ex-premiê Jhalanath Khanal.
Fonte: Infomoney
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